O Hajj

A Peregrinação à Kaaba em Makkah

Hajj
Circundando a Kaaba

Este quinto pilar consiste em empreender a peregrinação à Kaaba, localizada na mesquita Al Haram, na cidade de Meca, na Arábia Saudita, pelo menos uma vez na vida.

Mas o cumprimento desta adoração somente é obrigatório para o(a) muçulmano(a) que tenha atingido a puberdade, goze de plena condição de saúde física e mental, e tenha possibilidades financeiras de realizar tal viagem.

Aquelas pessoas que não preencherem esses requisitos estão isentas desta obrigação.

Quando o muçulmano realiza esta peregrinação, ele está relembrando os rituais praticados pelos profetas Abraão e seu filho Ismael (que a bênção e a paz de Deus estejam sobre eles).

Deus, o Altíssimo, incumbiu ambos de erguerem os pilares da Kaaba, que consideramos ter sido o primeiro local na Terra onde se adorou a Deus, quando Adão e Eva, após descerem do paraíso, ali fizeram as suas orações.

Com o passar do tempo foram perdidos os vestígios da localização exata, então Deus informou a Abraão (que a benção e paz de Deus estejam sobre ele) que enviaria uma pedra do céu para indicar o local de sua construção.

Assim foi feito, e essa pedra encontra-se até hoje posicionada em uma das quinas da Kaaba.

A peregrinação pode ser considerada como o maior congresso anual de paz no mundo, pois para que ela seja aceita por Deus o muçulmano não pode causar nenhum tipo de dano à natureza – como matar plantas ou animais que não sejam para o consumo ou que impliquem em perigo para o ser humano – nem às pessoas que o cercam, sendo vedado discutir, brigar, ofender, etc.

Logo, ali se pratica a paz da forma mais plena e abrangente possível, onde se encontram muçulmanos das mais variadas partes do mundo, de diferentes cores, etnias, status social, culturas, idiomas, costumes, níveis de educação, todos com um único objetivo: adorar a Deus.

A Kaaba durante o Hajj

Os muçulmanos não idolatram a Kaaba.

Ela é apenas uma construção cúbica, que não possui nenhuma santidade ou sacralidade, não beneficia nem prejudica ninguém, sendo tão somente a indicação do local para onde todos os muçulmanos do mundo se dirigem em suas orações diárias.

Os principais rituais da peregrinação, todos praticados em Meca e em locais próximos, são:

  • Circundar a Kaaba no sentido anti-horário sete vezes;
  • Percorrer a distância entre os montes de Al Safa e Al Maruá por sete vezes, relembrando o ato de Agar, esposa do profeta Ibrahim Abraão, ao procurar água para o seu filho Ismail Ismael naqueles locais, onde surgiu neste episódio o poço de Zamzam, que jorra água ininterruptamente até os dias de hoje;
  • Arremessar sete pedras pequenas em três pontos distintos, devidamente demarcados, na cidade de Mina, simbolizando o ato realizado pelo profeta Ibrahim Abraão quando foi sacrificar o seu filho Ismail Ismael seguindo a determinação de Deus.
    Satanás apareceu para ele nesses três pontos, tentando dissuadi-lo de seguir adiante para não obedecer a ordem de Deus, e o profeta Ibrahim Abraão reagiu atirando sete pedras pequenas nele, fazendo com que sumisse.

Durante a peregrinação todos os muçulmanos se vestem de forma semelhante, com apenas dois pedaços de pano: um cobrindo da cintura para baixo e outro envolvendo a parte de cima.

Desse modo fica evidente que somos todos iguais, ou seja, não somos superiores devido à nossa riqueza, beleza, poder, nível intelectual ou cor.

O que irá nos diferenciar diante do nosso Criador é a temência: quem for mais temente a Deus e coerente na prática do Islam, será o melhor perante Ele.

Em Arafat, que é o único local onde todos os peregrinos ficam juntos no mesmo ponto, é o momento em que temos uma ideia de como será o Dia do Juízo Final, onde estarão todos os humanos reunidos aguardando o julgamento.

Assim, nós aproveitamos a parada em Arafat para fazer uma autoanálise da nossa vida, verificando se estamos sendo coerentes com os ensinamentos do Islam e quais aspectos em que podemos nos aperfeiçoar.

Afinal, é melhor nos autoavaliarmos aqui, enquanto temos a oportunidade de evoluir, do que aguardarmos estagnados a avaliação no Dia do Juízo Final.

Além disso, aproveitamos esses preciosos instantes em Arafat para intensificar as nossas súplicas a Deus, o Altíssimo, pedindo perdão pelo que cometemos de errado.

Durante o Hájj comemoramos o Eid al Adha (Festa do Sacrifício), a segunda das duas únicas festas religiosas islâmicas, que compreende uma oração e um sermão na mesquita, seguidos da confraternização.

É comum os muçulmanos se visitarem e trocarem presentes nesse período, principalmente entre as crianças.

Os muçulmanos que têm condições, tanto os que estão praticando o Hájj como os demais espalhados pelo mundo, abatem um cordeiro e dividem a sua carne em três partes: uma para o seu consumo e de sua família, outra para os amigos e vizinhos e uma terceira parte para doação aos necessitados.

Esse ato também relembra a prática do profeta Abraão, que iria sacrificar o seu filho Ismael (que a bênção e a paz de Deus estejam sobre eles) atendendo uma ordem de Deus, e no último momento Deus o substituiu por um cordeiro.

E Allah Sabe Melhor.

الله أعلم

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