O Sawn

O Jejum no mês do Ramadan

Quebra de jejum
Laterna

Ramadan é o nono mês do calendário islâmico, que é lunar e móvel, retrocedendo 11 dias anualmente em relação ao calendário gregoriano, que é solar, fixo e utilizado no mundo atual como padrão.

Neste mês, que tem duração de 29 ou 30 dias, muçulmanos de todas as partes do globo praticam diariamente o jejum, que tem início na aurora e se estende até o pôr-do-sol.

Neste período nós nos abstemos de ingerir qualquer tipo de alimento sólido ou líquido, bem como de ter relações sexuais com o cônjuge.

Após o pôr-do-sol, e até a alvorada do dia seguinte, é permitido se alimentar e se relacionar com o(a) esposo(a) normalmente.

O jejum se torna obrigatório a todos que atingiram a puberdade, seja homem ou mulher, e que gozem de perfeita saúde física e mental.

As pessoas que estão enfermas, a mulher no período menstrual, o viajante, e outros muçulmanos com impedimentos descritos na jurisprudência islâmica ficam isentos de realizar o jejum.

Cabe a eles, no entanto, repor os dias não jejuados após o período de impossibilidade.

As pessoas com impedimentos definitivos, como o idoso ou o acometido por uma doença incurável, deverão alimentar um necessitado a cada dia não jejuado.

Caso não possuam condições financeiras para tal, estarão isentas.

Todo esse cuidado é justamente pelo fato de que o objetivo do jejum não é martirizar ninguém, muito pelo contrário.

Essa prática produz benefícios tanto para o indivíduo como para a sociedade na qual ele se encontra inserido.

O jejum da forma islâmica traz melhorias para a saúde da pessoa, além de desenvolver no indivíduo a paciência e o autocontrole.

Isso porque ficamos de jejum por um tempo determinado, e sabemos que ao chegar o pôr-do-sol teremos os alimentos disponíveis.

Ao sentirmos fome ou sede buscamos ter a paciência e o autocontrole para esperar o momento exato de nos alimentarmos.

Além disso, ao praticar o jejum o muçulmano fica mais sensível à situação dos desfavorecidos.

Ao sentirmos na pele um pouco do que as pessoas que passam fome por longos períodos sentem, cria-se inevitavelmente um sentimento de solidariedade mais intenso, fazendo com que ao vermos um necessitado nos apressemos em auxiliá-lo.

Logo, o muçulmano que já passou por essa experiência, mesmo que seja momentânea, sabe exatamente o que significa passar fome ou sede, diferentemente daquelas pessoas que falam da fome alheia sem ao menos alguma vez ter passado por isso.

Para nós o Ramadan é o melhor mês do ano, o mais abençoado, aquele no qual Deus fez descer pelos sete céus o Alcorão Sagrado, guia e orientação para a humanidade, bem como os livros sagrados anteriores.

Sabendo disso, o muçulmano encara este mês como uma fase de extrema adoração e autorreflexão, na qual ele observa os pontos de sua vida em que precisa progredir, e esforça-se ainda mais para não cometer faltas.

Este é, na verdade, o espírito sublime do jejum neste mês especial.

Desse modo, o Ramadan é uma escola que serve de preparação para que tenhamos o mesmo pensamento, a mesma devoção, a mesma determinação na prática de boas ações e a mesma firmeza contra os pecados nos demais meses do ano, ou seja, aquele que compreende este verdadeiro sentido do jejum no mês de Ramadan, e passa a aplicá-lo durante toda a vida, dá um enorme passo para viver plenamente de acordo com as normas que acreditamos que Deus estabeleceu para nós.

Ao muçulmano que não deixar de dizer inverdades e não abandonar todas as formas de maldade no Ramadan, não lhe adiantará jejuar, pois a Deus não interessa apenas que ele deixe de comer e beber

Profeta Muhhamad

Quando termina o Ramadan comemoramos o Eid al Fitr (Festa do Desjejum), a primeira das duas únicas festas religiosas islâmicas, que compreende uma oração e um sermão na mesquita ou em um local amplo como parques e avenidas, seguidos da confraternização.

Antes da mesma, os muçulmanos dão em caridade aos menos favorecidos da sociedade uma contribuição, com o intuito de auxiliá-los a comprar roupas novas e ter uma mesa com alimentos para celebrar esta festa, compartilhando da alegria com todos.

Ou seja, não devemos festejar nos esquecendo daquelas pessoas mais necessitadas, deixando-as à mercê dessa comemoração.

Mais uma vez, a responsabilidade social do muçulmano se faz presente, ainda que seja em uma simples situação de festa.

É comum os muçulmanos se visitarem e trocarem presentes nesse período, principalmente entre as crianças.

E Allah Sabe Melhor.

الله أعلم

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